quinta-feira, 30 de junho de 2011

Autoridade dentro de casa

A criação diz muito da personalidade de cada um, é fato. Diante dessa realidade, é tarefa dos pais ajudar a moldar o caráter e a lapidar a individualidade dos filhos.
Apenas com (bom) exemplo eles podem discernir o certo do errado, o adequado do inadequado.

Educar os filhos e impor limites não é uma tarefa simples. Muitos pais confundem liberdade com libertinagem e autoridade com autoritarismo. É ai que mora o perigo. São nessas atitudes que os pais podem dar um passo errado e confundir a cabeça dos pequenos quanto aos valores.
A psicóloga Silvana Rabello, professora da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e especialista em Clínica com Crianças, explica que reconhecer a autoridade dos pais é sinal que os filhos admiram as atitudes deles. Quando os filhos enxergam de maneira positiva a postura que os progenitores adotam, aceitam com facilidade as dicas e até as ordens.
Silvana alerta para a importância do diálogo. “As conversas devem ser constantes, claras e justas. O diálogo sempre é um excelente caminho”. A psicóloga explica que é importante que os pais não oscilem nas decisões que tomam, pois isso pode confundir a cabeça dos filhos.
Quando ainda são crianças e não conseguem dialogar, é importante que os pais sejam firmes e expliquem que a vontade não será atendida. Mesmo o filho não gostando, terá de compreender que é para seu bem. Mas é importante saber como agir. Impor limites pelo medo é uma maneira um tanto errônea e vazia de educar os filhos. Tal atitude só atrapalha na formação do caráter e pode fazer com que eles cresçam revoltados.
Se o filho estiver na puberdade ou na adolescência é fundamental saber negociar e conversar. Nessa idade, é comum desafiar os pais e achar que é o dono da verdade. Silvana explica que esse tipo de comportamento é normal nessa fase da vida e cabe aos pais terem paciência e jogo de cintura.
Muitos se sentem intimidados na hora de aplicar a punição. Entretanto, Silvana afirma que ela deve ser aplicada sempre que o filho quebrar uma promessa ou até ordem dos pais. Vale lembrar que o conceito de punição é relativo e atitudes violentas não são a solução.
Castigos leves, como deixá-lo um tempo sem fazer algo que gosta muito e conversar para que entenda que errou são boas maneiras de punir sem traumatizar. Quando a família percebe que está tendo problemas na educação é importante repensar a relação e tentar entrar em um consenso. Autoridade imposta é bem diferente de respeito conquistado.

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